sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

MENSAGEM DE NATAL

"Nesta quadra fazem-se balanços e repensa-se o futuro! Ainda que este seja imprevisível sabemos que a sua construção se alicerça no trabalho, na persistência  e na crença que temos sobre  o potencial  das bibliotecas escolares.

Conto com o vosso empenho e energia!"


Foi esta a mensagem especial de Natal que a Dr.ª Manuela Pargana da Silva, Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares, deixou a todos os professores Bibliotecários, que muito agradecemos e que nos motiva a querer fazer um trabalho a cada dia melhor. 

Este ano a nossa biblioteca vestiu-se com clássicos imemoriais da literatura e ornamentou-se com os grandes génios da literatura mundial, logo não podia estar mais bonita.




Desejamos a todos os nossos queridos leitores umas boas festas recheadas de inesquecíveis leituras e relembramos que estaremos abertos durante todo o período de interrupção letiva. Deixamos-vos ainda algumas cintilantes sugestões de leitura para ler aos mais novos junto ao quentinho da lareira. 

FELIZ NATAL! 








Deixamos-vos por fim o agridoce poema de António Gedeão que nos convida a reletir, por vezes amargamente, no verdadeiro sentido do Natal:


Dia de Natal


Hoje é dia de ser bom.

É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,

de falar e de ouvir com mavioso tom,

de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.



É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,

de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,

de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,

de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.



Comove tanta fraternidade universal.

É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,

como se de anjos fosse,

numa toada doce,

de violas e banjos,

Entoa gravemente um hino ao Criador.

E mal se extinguem os clamores plangentes,

a voz do locutor

anuncia o melhor dos detergentes.



De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu

e as vozes crescem num fervor patético.

(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?

Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)



Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.

Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.

Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas

e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.



Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,

com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,

cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,

as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.



Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,

ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.

É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,

como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.



A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.

Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.

E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento

e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.



Mas a maior felicidade é a da gente pequena.

Naquela véspera santa

a sua comoção é tanta, tanta, tanta,

que nem dorme serena.



Cada menino

abre um olhinho

na noite incerta

para ver se a aurora

já está desperta.

De manhãzinha,

salta da cama,

corre à cozinha

mesmo em pijama.



Ah!!!!!!!!!!



Na branda macieza

da matutina luz

aguarda-o a surpresa

do Menino Jesus.



Jesus

o doce Jesus,

o mesmo que nasceu na manjedoura,

veio pôr no sapatinho

do Pedrinho

uma metralhadora.



Que alegria

reinou naquela casa em todo o santo dia!

O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,

fuzilava tudo com devastadoras rajadas

e obrigava as criadas

a caírem no chão como se fossem mortas:

Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.



Já está!

E fazia-as erguer para de novo matá-las.

E até mesmo a mamã e o sisudo papá

fingiam

que caíam

crivados de balas.



Dia de Confraternização Universal,

Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,

de Sonhos e Venturas.

É dia de Natal.

Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.

Glória a Deus nas Alturas.

sábado, 10 de dezembro de 2016

PROJETO CRESCER SAUDÁVEL_1.º PERÍODO


Em parceria com o projeto “Crescer Saudável”, a Biblioteca Escolar D. Carlos I levou a cabo em todas as salas do Jardim de Infância do Agrupamento variadas sessões de promoção da leitura e da literacia para a saúde. Estas sessões, que tiveram portanto como pano de fundo hábitos de manutenção de uma boa saúde e de um crescimento saudável, decorreram nas seguintes datas:  15 de novembro – Salas 1 e 2 da EB1 de Lourel; 16 de novembro – Salas 2 e 3 do JI da Várzea; 21 de novembro – Salas 1 e 2 do JI da EB1 D. Carlos I; 29 de novembro –  Salas 1 e 2 do JI do Ral; 6 de dezembro – JI de Morelinho; 7 dezembro – Sala 1 da EB1 da Várzea.


Guardando em mente o Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE/2015), instrumento orientador das políticas nacionais no que à promoção da saúde em meio escolar diz respeito, e o apelo que faz para uma congregação de esforços de todos os profissionais e serviços envolvidos na sua implementação, no sentido de uma melhoria da saúde em Portugal, a Biblioteca Escolar D. Carlos I aliou-se a esta causa promovendo, em contexto de biblioteca, a adoção de estilos de vida mais saudáveis e a melhoria do nível de literacia para a saúde da comunidade educativa. A literacia para a saúde traduz-se num conjunto de competências cognitivas e sociais que determinam a motivação e a capacidade dos indivíduos para compreender e utilizar a informação de forma a promover e a manter uma boa saúde, estendendo-se o seu alcance à cura e prevenção da doença.

Este projeto assenta ainda na ideia de que todas as crianças têm direito à saúde e à educação e, por conseguinte, deverão ter a oportunidade de frequentar uma escola que promova a saúde e o bem-estar. Para além da promoção de estilos de vidas saudáveis, o mesmo procura contribuir para a melhoria da qualidade no ambiente escolar, para a minimização dos riscos de saúde e para a redução do impacto dos problemas de saúde em meio escolar.
As sessões desenvolvidas, e a desenvolver ao longo do ano lectivo de 2016/17 pela Biblioteca Escolar, seguem de perto o primeiro eixo estratégico que estrutura o PNSE, o da “Capacitação” que prevê áreas de intervenção tais como a saúde mental e competências socioemocionais, hábitos de sono e repouso, educação para os afetos e a sexualidade, higiene corporal e saúde oral, educação postural, prevenção de substâncias psicoativas, e até comportamentos aditivos sem substância.
Capacitar é muito mais do que ter informação de saúde e compreendê-la. É estar habilitado a usá-la e sentir-se competente para tomar decisões. Capacitar as crianças a partir dos três anos de idade é fundamental, primeiro porque os comportamentos e as crenças estabelecidas no início da vida tendem a persistir na vida adulta, e depois porque o ser capaz de tomar decisões torna-as mais habilitadas para o desempenho dos seus papéis sociais.
A partir da exploração do livro “José vai ao médico” de Maria Inês de Almeida, os alunos do Jardim-de-Infância tiveram a oportunidade de conhecer instrumentos médicos e identificar comportamentos indicadores de uma higiene de vida saudável. Também, como atividades de pós-leitura os alunos realizaram jogos para o desenvolvimento das capacidades literácitas e de consciencialização fonológica.
Na parte final da atividade os alunos contactaram diretamente com um dos objetos médicos estudados e divertiram-se a auscultar o batimento cardíaco dos colegas.
Ao longo do segundo e terceiros períodos a Biblioteca Escolar D. Carlos I voltará a estar com estes jovens leitores para mais histórias que terão como objetivo o desenvolvimento de competências socioemocionais. Ao reconhecerem as suas próprias emoções, as crianças, mesmo as de tenra idade, tornam-se mais resilientes e aprendem a gerir de forma mais responsável a tomada de decisões, sejam essas relacionadas com a sua saúde ou com as suas relações interpessoais.

Sem dúvida que o projeto “Crescer Saudável” ao incorporar o chamado “SEL”, Social and Emotional Learning, e portanto ao promover as competências socioemocionais, alcançará a médio e longo prazo, os tão almejados objetivos de influenciar as crianças e os jovens para o sentido de pertença à escola, a diminuição de comportamentos de risco e o sucesso pessoal e académico.

Sandra Maria Pratas e Sousa

Professora Bibliotecária do AE D. Carlos I

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A ORIGEM DA ILHA DE TIMOR

Com o objetivo de estimular a escrita criativa e a produção de trabalho em grupo, alguns dos alunos do 5.º e 6.º anos da EB D. Carlos I desenvolveram, no âmbito das atividades da Educação Especial, trabalhos que levaram à edição de um livro digital. 

Foi recontada, ilustrada e sonorizada a lenda “A Origem da Ilha de Timor”. 

Professor Jorge Soares

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

EXPOSIÇÃO "ROSA DOS VENTOS" NA GALERIA ALMADA NEGREIROS DA EB D. CARLOS I




Da responsabilidade das Professoras Ana Falcão, Alexandra Carrasqueiro, Fernanda Vaz, Paula Fachadas, Luísa Jorge e Conceição Correia, e à semelhança do ano transato, está patente durante o mês  de dezembro na galeria Almada Negreiros da EB D. Carlos I a exposição e concurso "Rosas dos Ventos". 
A mesma teve como objetivos construir com criatividade uma Rosa dos Ventos individualmente ou em grupo, utilizando materiais recicláveis; conhecer os pontos cardeais, colaterais e intermédios; participar em atividades de grupo; e planificar uma atividade em articulação vertical entre HGP de 5º ano e Geografia do 7º ano. Deste modo, os intervenientes foram todos os alunos do 5.º ano de   HGP e do 7º ano de Geografia. 



Em contexto de sala de aula, na companhia da professora da disciplina, os alunos irão visitar a exposição previamente montada pelas professoras dos grupos disciplinares envolvidos. Todos os alunos votarão na rosa dos ventos preferida, do 5º ano e do 7º ano.



Conheçam agora com os belíssimos trabalhos apresentados a concurso: