sábado, 19 de março de 2016

EXPOSIÇÃO DE POEMAS GRÁFICOS "ELOS DE LEITURA"

No âmbito da Semana da Leitura 2016 - e numa articulação entre o subdepartamento de Português e a Biblioteca Escolar - foi realizada uma exposição de poemas gráficos subordinada ao tema este ano proposto pela RBE: ElOS DE LEITURA.





A mesma exposição estará patente na galeria almeida Negreiros do AE D. Carlos I ao longo de todo o mês de Abril.

Visitem-nos!

sexta-feira, 18 de março de 2016

VENCEDORA DO CONCURSO DE DESENHO DA SEMANA DA LEITURA 2016

Olga Chernega do 5.º ano foi a ilustre vencedora do Concurso de Desenho da 10.ª Edição da Semana da Leitura 2016. A exímia desenhista ganhou, como não podia deixar de ser, um magnífico livro de Emmanuelle Teyras "Princesas para pintar" da coleção "Sou artista"com muitas atividades para ilustrar e sonhar.

Parabéns!


EXPOSIÇÃO PALAVRAS AMIGAS

No âmbito das atividades da Semana da Leitura 2016 e sob orientação da Professora Luísa Feijó, os alunos do 5.º A e do 5.º B deram largas à sua criatividade compondo belíssimos poemas com base no poema "O Limpa-Palavras" de António Magalhães. 
Os mesmos estarão em exposição na galeria Almada Negreiros até ao final do mês de Abril.

Se quiserem dar uma espreitadela, abram os ebooks mais abaixo:






ELOS DE LEITURA_ O AMOR NA LITERATURA

No âmbito da Semana da Leitura 2016 e a convite da Biblioteca Escolar D. Carlos I, o Professor Carlos Bettencourt abordou a temática em epígrafe com a presença da turma C do 9.º ano acompanhada pela Professora Isabel Delgado. 


O docente entrou na sala ao som da ária “Oh Mio Babino Caro” da ópera Gianni Schichi de Giacomo Puccini, explicando em seguida que esta ária é um pedido de uma jovem ao seu pai para que a deixe ir ver o seu amado, pelo qual está perdida de amor. Seguidamente, leu alguns excertos do livro bíblico “Cânticos de Salomão”, escrito entre 1009 e 992 AC, que é um verdadeiro hino ao amor, destacando-se entre outros os seguintes: “Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho.”, “Levanta-te, meu amor, formosa minha e vem.”
 Prosseguiu a sua apresentação, citando o poeta romano Horácio que viveu entre 65 a 8 AC: “Mas eu não te procuro para dilacerar-te como um tigre cruel ou um leão africano. (Ó Cloe) deixa afinal tua mãe: já estás no tempo de começar a amar.” (Carm. I, 23). E prosseguindo a sua viagem no tempo, o professor Carlos Bettencourt levou até à sua assistência ecos da Lírica Trovadoresca, do diálogo singelo entre as donzelas e a Natureza, sempre inquietas perguntando “novas do seu amigo, novas do seu amado”. Continuando a sua deambulação, detém-se brevemente em Dante Alighieri e na sua formosa Beatriz a quem dedicou tantos dos seus poemas: “Então a minha frágil alma sinto/ Tão doce, que o meu rosto empalidece,/ Pois Amor tem em mim tanto poder/ Que faz os meus suspiros me deixarem/ E saírem chamando/ A minha amada, para dar-me alento.”

E de Dante passa a Luís de Camões que de forma tão intensa e tão perfeita cantou o amor nos seus sonetos, destacando “Amor é um Fogo que Arde sem se Ver”, verdadeira síntese das contrariedades do amor e “Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente” no qual atribui a causa da sua perdição ao amor. 
Breve passagem ainda por Shakespeare e a sua tragédia Romeu e Julieta e pelos sonetos que idolatram a graça e a beleza femininas, emolduradas pelo amor. E a viagem prossegue, agora com uma paragem no século XVII e a leitura de alguns passos das cartas de Soror Mariana Alcoforado, uma freira portuguesa e uma das primeiras vozes no feminino a falar dos efeitos e contrariedades do amor, num desnudar completo e plangente da alma de uma mulher apaixonada: “Suporto contudo o meu mal sem me queixar, porque me vem de ti. É então isto que me dás em troca de tanto amor?” Já no século XIX, uma referência a Almeida Garrett e à sua famosa paixão por Rosa Mantufar, transcrita nas páginas do seu temporão Folhas Caídas: “Eu no teu seio divino/ Vim cumprir o meu destino…/ Vim, que em ti só sei viver,/ Só por ti posso morrer.”
            Chegados às primeiras décadas do século XX, eis-nos perante Florbela Espanca, outra das vozes femininas a cantar o desejo e a força do amor que parecia até então ser coisa só de homens: “E, olhos postos em ti, digo de rastros:/ Ah! Podem voar mundos, morrer astros,/ Que tu és como Deus: princípio e fim!...” e “E é como um cravo ao sol a minha boca…/ Quando os olhos se me cerram de desejo…/ E os meus braços se estendem para ti…”.
            E no meio de tantas palavras e explosão de sentimentos, eis que a viagem chega ao fim, com o breve poema “Quase Nada” de Eugénio de Andrade: “O amor/ é uma ave a tremer/ nas mãos de uma criança./ Serve-se de palavras/ por ignorar/ que as manhãs mais limpas/ não têm voz.”
            A Biblioteca Escolar D. Carlos I agradece ao ilustre Professor esta inebriante viagem pelos caminhos inesgotáveis do amor na literatura que constituiu um dos momentos altos da nossa festa da leitura.


           





quinta-feira, 17 de março de 2016

2.ª EDIÇÃO DO BEST READER COMPETITION

Novamente integrado nas comemorações da Semana da Leitura da EB D. Carlos I, realizou-se a 2.ª Edição do"BEST READER COMPETITION" - concurso de leitura em língua Inglesa organizado pelo Subdepartamento de Inglês em articulação com a Biblioteca escolar- nos dias 14 e 17 de março de 2016.

O Concurso dirigido inicialmente a todas as turmas do 3.º Ciclo e ao 6.º ano, foi este ano alargado ao 5.º ano de escolaridade. Cada turma elegeu dois dos seus melhores leitores em Língua Inglesa para se fazer representar nesta competição.

Os resultados serão conhecidos no final do 3.º Período.





ENCONTRO COM A ESCRITORA VERA SOUSA

Escritora-fantasma para figuras públicas como Jorge Pina, Vera Sousa começa a impor-se como uma escritora de pleno direito. 

No dia 18 de março de 2016, no âmbito das comemorações da Semana da Leitura 2016, os alunos do 8.º A e 8.º G, encontraram-se com a jovem e promissora escritora Vera Sousa. À sua espera os alunos do 8.º G tinham preparado leituras de excertos das suas obras e também pequenos filmes onde se retratavam cenas de bullying na escola, numa ligação com um dos temas da sua obra trabalhado com a ajuda da Professora Cristina Calado. Embora, como explicou a autora, e apesar de a própria ter sido vítima deste flagelo, nenhum dos seus livros tenha carácter autobiográfico. O bullying é apenas um tema que viveu de perto e que, na altura em que o livro foi escrito, ainda não estava bem resolvido dentro de si. A banalização do assunto por intermédio da escrita foi, segundo a mesma, a melhor das terapias. 



Vera Sousa, que enquanto aluna da D. Carlos I costumava sonhar com o dia em que tivesse um livro seu nas prateleiras da Biblioteca Escolar, falou ainda sobre o processo de criação das suas obras. Primeiro que tudo o livro é uma viagem mental. O espaço que medeia a casa e a escola onde leciona serve para redigir na sua cabeça o enredo dos seus livros. A própria profissão a ajuda nesse processo criativo, já que os alunos lhe colocam questões que a obrigam a refletir. 

E essa reflexão tem por hábito acontecer da meia-noite às duas, na calma da cidade que dorme. Mas essa rotina também necessita de pausas. É preciso deixar repousar a escrita e depois, quando essa massa de sonhos já teve tempo de levedar, há que olhar para ela como se fosse a primeira vez. À pergunta do costume sobre qual o filho que prefere, Vera Sousa responde que vê os seus livros como um todo, não tem preferidos. 


E o que despoletou o desejo de escrever? Em 1987 ficou pasmada num hipermercado que iniciara a moda de vender livros a par com comida, e jurou que um dia ainda iria ter livros seus nas bibliotecas, nas livrarias e até nos supermercados.
Mas não começou logo ali a escrever. Somente após a morte de três pessoas muito próximas e de muitas viagens pelo nosso país, deu início ao sonho. Achou que já tinha maturidade para escrever, como se à morte se tivesse seguido o renascimento. 
A escritora, a quem nunca ocorreu esconder-se sob a capa de um pseudónimo, ainda que tímida e avessa a fotografias, confessou que gosta tanto de escrever como de ler, não obstante ter deixado a meio muitos livros, mesmo conhecidos. Só lê o que realmente lhe interessa. 


Ainda muito jovem, Vera Sousa já publicou dois livros para adultos, um livro para crianças, um documentário sobre Cabeço de Vide, bem como participou numa mão cheia de antologias poéticas. Não tem todavia um livro só com poesia. Encara a poesia como o seu lado mais íntimo e sente-se melhor na narrativa. 





Generosa, Vera Sousa ofereceu uma bonita agenda a uma aluna que escolheu a sua obra para a apresentação de leituras na aula de Português, e à Biblioteca Escolar deixou-nos este agradecimento imortalizado num pequeno suporte que muito nos emocionou. Também, parafraseando a autora, fazemos votos de que a Biblioteca Escolar continue a semear sonhos  e a fomentar o aparecimento de outros jovens escritores.



À Vera Sousa queremos agradecer a sua amável presença e desejar que continue a dar asas ao seu sonho de menina! Será sempre bem vinda na sua antiga escola!


terça-feira, 15 de março de 2016

NUNO CARAVELA EM VISITA APOTEÓTICA AO AE D. CARLOS I

Um estrondoso sucesso seria a melhor definição para o encontro do ímpar escritor e ilustrador Nuno Caravela com as oito turmas do 1.º Ciclo da EB1 da Várzea do Agrupamento D. Carlos I.


No meio de uma grande euforia, as crianças interrompiam o autor para identificar e descrever as suas personagens de eleição e riam com gosto ao reviver as aventuras deste moderno bando pré-histórico.

Alunos seguravam nas mãos quatro, seis ou mais livros de "O bando das Cavernas", aguardando avidamente para levar consigo uma cópia autografada desta coleção que tem feitos as suas delícias de leitura. 





Brincalhão, divertido e afável, Nuno Caravela, também ele pai de filhos, recebeu com imenso carinho toda a admiração demonstrada pelos seus fervorosos leitores, dedicando-lhes a maior das atenções, tecendo comentários sobre os seus desenhos e conversando com eles sobre os seus livros favoritos. Muitos traziam consigo desenhos dos seus livros preferidos para oferecer ao autor convidado e uma menina ofereceu-lhe até um cestinho de gomas.




















As paredes do refeitório, que serviu de palco a tão aguardado encontro, foram escassas para acolher uma tão vasta profusão de histórias, resumos, colagens, desenhos e outros trabalhos desenvolvidos ao longo de meses de grande expetativa.










Gostaríamos de felicitar também o trabalho da Professora Marinela Neves que tão bem ilustrou as divertidas personagens deste bando das cavernas e que enfeitaram os locais deste encontro. 



Da parte da tarde, Nuno Caravela encontrou-se com os alunos do 4.º A, 4.º B e 3.º e 4.º B da EB1 D. Carlos I na Biblioteca Escolar e, com o mesmo entusiasmo, respondeu às suas infindáveis perguntas.  










Em nome da Biblioteca Escolar D. Carlos I resta-nos agradecer o empenho das Professoras da EB1 da Várzea e também ao Nuno Caravela por tudo o que tem feito em prole da promoção da leitura no nosso país e o facto de ter posto tantas crianças e jovens a ler... e a desenhar!