quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CONCURSO DE ESCRITA CRIATIVA DO MÊS DAS BE 2015




No âmbito das Comemorações do Mês das Bibliotecas Escolares decorreu no mês de outubro o habitual Concurso de Escrita Criativa subordinado ao tema "Uma Biblioteca muito interessante".

O Vencedor do Concurso foi o aluno Diogo Manuel Pinto de Sousa, n.º 24 do 5.º E, embora esta tenha sido muito uma vitória muito renhida ao nível da participação dos alunos do 5.º ano, como poderão constatar nestes deliciosos textos que não resistimos a partilhar.


A Super-Biblioteca


Na biblioteca da minha escola acontecem coisas de magia e de fantasia. Eu entro na biblioteca e “O Pássaro da Cabeça” anda à solta. E eu penso para mim: “Mas que raio se passa aqui?” E ao virar da esquina tenho a explicação: um menino sentado a ler “O Pássaro da Cabeça”!
Enquanto ele lia, outros poemas saíam para espalhar alegria e faziam a sua magia. Gargalhadas ouviam-se; é claro que o livro das anedotas fazia as crianças rir! Para elas não era trabalho, todos os livros só existem para divertir.
Quando os livros são fechados, as criaturas que lá vivem esperam que mais uma criança os vá ler.
Um menino medo do vilão tinha, mas os heróis lhe disseram:
- Os vilões não são maus, basta conhecê-los melhor e serão amigos.
E o menino lia e relia, via e voltava a ler e os poemas contentes a viver. Com um punhado de leitura derrotamos o aborrecimento.
Esta é a biblioteca da minha escola!
Diogo Manuel Pinto de Sousa, n.º 24, 5.º E
Vencedor do 1.º Lugar

A Super-Biblioteca


Na minha escola existe um paraíso muito engraçado, a biblioteca…Quando eu cheguei a esta escola, conheci os meus amigos todos num lugar perfeito: a biblioteca. Quando eu vou lá, sinto que cresci lá, que estou a viver lá e que posso ser tudo o que eu quiser.
Hoje fui à biblioteca imprimir uma ficha e requisitar três livros: “A Avó da Biblioteca”, “A Assombrar a Biblioteca” e “A Minha Vida na Biblioteca”, estes livros são muito giros.
Ontem, quando fui à biblioteca vi um mocho, tudo da minha imaginação. Achei mágico! De repente a minha professora disse-me para ir para a Sala do Conto e eu fui. Vi lá um alce, umas borboletas e outras coisas que eu inventei, que quero inventar e disse para toda a gente ouvir que esta biblioteca era super-mágica! Conheci lá toda a gente que conheço desta escola maravilhosa… Quando toda a gente ficou a olhar,fiquei emocionada…
Hoje vou à biblioteca devolver os três livros que requisitei no outro dia e irei ficar por lá a sonhar, a imaginar, a olhar e a pesquisar coisas mágicas.
Eu vim há cinco anos a esta biblioteca e vi um dicionário que tinha borboletas, bolas e palavras esquisitas, como “fogaréu”, que quer dizer “chama grande; recipiente de metal para pôr fogo”.
Hoje adormeci na biblioteca, mas quando acordei o edifício estava a voar, a salvar o mundo e aí tornou-se a “Super-Biblioteca”.
Filipa Maria Silva de Abreu Vivaldo, n.5, 5.º E

A Super-Biblioteca



Adoro a biblioteca da minha escola! Quando lá entro os meus olhos enchem-se de cor, alegria e começo a pensar “Tantos livros por ler, tantas coisas para fazer!" Sento-me numa cadeira e tiro um livro da prateleira; abro-o e dentro dele vejo um novo mundo, uma nova aventura. Começo a lê-lo e entro, como por magia, noutro mundo, não penso em mais nada e vivo uma nova aventura! Quando acabo, ponho o livro no carrinho e passa a bibliotecária que me diz carinhosamente “Olá.” De repente lembro-me que tenho trabalhos de casa na mochila e começo a fazê-los, pois os conhecimentos também são importantes, e penso para mim mesma: “Se os acabar rapidamente, ainda posso ver um filme. Finalmente, acabo-os, passam os meus colegas e digo-lhes:
- Querem ver um filme?
Eles dizem que sim, inscrevemo-nos e vamos ver um filme.É assim que é uma biblioteca e a melhor mesmo é a da minha escola!
Filipa Esteves Quadrilheiro, n.º 11, 5.º E

A Super-Biblioteca

Esta é a história de uma biblioteca mágica. Como o próprio nome indica, ela é uma biblioteca cheia de magia. Aquela biblioteca é única, tem paredes de ouro e só eu, mas só eu, é que consigo entrar lá dentro. Eu adoro aquela biblioteca, passo lá dia e noite, é a minha casa.
Eu sempre gostei de ler e lá existe um número infinito de livros, todos ao meu gosto. Mas há uma coisa que ainda ninguém sabe, é que aquela biblioteca é mágica!
O meu livro preferido é “O Feiticeiro” e, sempre que eu o abro, aparece Mário, o feiticeiro. Mário diz que eu também sou um feiticeiro e, por isso e muito mais, ele sempre foi o meu companheiro. Na verdade ele é o meu melhor amigo e se alguém tentar entrar sequer naquela biblioteca, ele protege-me a mim e a todos os livros que lá existem, porque afinal ele é o guardião da biblioteca mágica.E é por isso que eu lhe chamo a “Super-Biblioteca”.

Beatriz Oliveira e Carmo Oliveira, n.º 3, 5.º E

A Super-Biblioteca


Olá! Eu chamo-me Matilde e gosto muito da minha escola nova. A biblioteca da minha escola é muito “fixe” e interessante; as senhoras ajudam-nos a procurar livros, se nós precisarmos, e até a fazer os TPC’s, se tivermos dúvidas. Eu e algumas amigas minhas vamos à biblioteca fazer trabalhos no computador e, muitas vezes, fazer mesmo os trabalhos da escola.
Na minha escola antiga, quando andava no primeiro ciclo, eu tinha lá uma biblioteca, mas era muito pequena. Quando passei para esta escola, para o segundo ciclo, disseram-me que havia uma biblioteca muito maior do que a que eu tinha na escola antiga.
A biblioteca tem uma Sala do Conto e muitos livros giros, mas o que eu gostei mais foi do “Pássaro da Cabeça”, é muito bonito. 
E se querem um conselho, leiam todos os livros que puderem, porque são muito interessantes e faz muito bem ler.
Matilde de Campos Palha, n.º 16, 5.º E

A Super-Biblioteca


Gonçalo odiava tudo o que tivesse a ver com escola. Uma das suas maiores paixões era as guloseimas (bolos, rebuçados, bolachas, …) e, para não desmoralizar ia ao bar da escola todos os dias, onde podia seleccionar todos os petiscos que quisesse. Mesmo ao lado do bar da escola havia um sítio que Gonçalo achava medonho! Esse sítio era a biblioteca. O rapaz não sabia como, mas todas as pessoas que lá entravam saíam felizes. Todos os dias um pensamento amedrontava o pequeno rapaz: ele sentia que havia algo dentro de si que o levava a pensar que, pela primeira vez, tinha de experimentar ir à biblioteca; para ele aquele pensamento era inválido! Mas esquecia-se logo deste pensamento, saboreando um petisco inigualável.
Certo dia a sua professora de Português mandou-o fazer um trabalho tão extenso, tão extenso, tão extenso que Gonçalo estava desesperado, pois só havia um sítio em que podia fazer aquele trabalho: a
biblioteca!
Passados dois dias, Gonçalo, depois da hora do almoço, entrou na biblioteca. Lá estava a sua professora de Português, impassível. Entrando na biblioteca, lançou um sorriso tentando que parecesse o mais agradável possível. A professora olhou para ele e retribuiu-lhe o sorriso.
Então sentiu que ali poderia finalmente fazer o seu trabalho.
Martim Alves Cabral, n.º 25, 5.º E


A Super-Biblioteca

Há muitos anos Gustavo criou uma biblioteca. Decorou-a com muito cuidado, com luzes e bolas, até com uma árvore de Natal. No entanto havia uma senhora que desconfiava de tudo, era uma senhora muito má.Gustavo andava muito contente, porque logo no dia em que a biblioteca abriu fez mil euros.
Passados alguns dias a senhora já tinha tudo planeado. Eram seis horas da manhã quando se pôs a caminho da biblioteca. Quando chegou à porta, tentou entrar por um local escondido que só ela conhecia. Já dentro da biblioteca a senhora começou a mexer em tudo o que podia: mas luzes, nas bolas, nos livros… A única coisa em que ainda não tinha mexido era na árvore de Natal, porque esta tinha poderes mágicos;só Gustavo sabia o que podia acontecer e esse era o segredo da biblioteca.
Então a senhora, já com muitos livros na mão, estava a ir-se embora quando tropeçou, bateu com a cabeça na árvore e viu uma porta abrir-se ao seu lado. Entrou e voltou a mexer em tudo o que podia, até que encontrou o livro misterioso. Largou tudo o que tinha na mão e só ficou com esse livro. Voltou o mais depressa que podia e, quando chegou a casa, leu o livro milhares de vezes. Ao ler aquele livro, a senhora percebeu que a riqueza não interessava, o que interessava era ter amigos.
No dia seguinte foi falar com Gustavo e ele ficou ainda mais contente por alguém ter descoberto aquele livro. A senhora ficou a trabalhar com ele e, hoje em dia, aquela biblioteca é a melhor do mundo

Guilherme Beirão Paulo, n.º 12, 5.º E


A Super-Biblioteca


Uma biblioteca tem várias secções. Esta de que vou falar é constituída por muito interesse e estudo. Esta biblioteca tem umas nove secções, cada uma no seu cantinho; de um lado podem estar grandes livros e enciclopédias, mas do outro podem estar uns livros para crianças e jovens e, quem sabe, se não foram escritos por António Torrado, Sophia de Mello Breyner ou mesmo Luísa Ducla Soares.
Uma biblioteca também tem de ter uma secção de lazer, com televisão, filmes, sofás para descontrair um pouco a ver um filme de romance, comédia, terror, ação, aventura ou mesmo animação ou ficção
científica. Não pode deixar de ter a secção de informática, onde existem inúmeros computadores para as pessoas poderem desfrutar dos seus recursos.
Na minha biblioteca, também existe uma secção onde há enciclopédias, dicionários, jornais e revistas, que são vistos e revistos “tim tim por tim tim”. Em cada livro é posto um autocolante que depois vai
servir para identificar o livro na sua respetiva prateleira.
Bem, na verdade a “Super-Biblioteca” de que eu falei é a da minha escola!

Afonso Antunes Marcelino, n.º1 do 5.º E


A biblioteca do futuro e o diário do passado


Estava uma manhã soalheira e Anabela tinha acabado de acordar. Tinha que ir mais cedo para a escola, pois o pai tinha de substituir um colega que se constipara. Vestiu-se, tomou o pequeno-almoço e foi para o carro ter com o pai:
– Então Anabela, o que vais fazer nas próximas horas?
– Não sei, como só entro à uma e meia , talvez vá dar uma volta pela escola a ouvir música.
– Devias ir estudar… ou ler!
– Para quê? Matei-me a estudar este fim-de-semana, e ainda não entendi qual é a piada de ler. – Respondeu Anabela enquanto lhe dava um beijo rápido e se dirigia para o portão da escola. 
Anabela entrou e ficou perplexa ao reparar que se esquecera de pôr o telemóvel a carregar.  « Pôxa. Andar por aí vai ser uma seca» pensou. E nesse preciso momento lembrou--se de ir até à biblioteca. Nunca lá tinha estado, era aliás o único sítio da escola onde ela ainda não tinha entrado, para além dos balneários dos rapazes, claro. 
Foi até ao pavilhão principal e reparou numa pequena inscrição na porta da biblioteca onde se podia ler: "Estamos em 2050 mas os livros continuam a viver na sua época". Para ela aquilo não fazia sentido… Pôs a mochila na prateleira e foi até às estantes, olhou para o relógio e reparou que ainda faltavam cinco horas para começarem as aulas, e foi então que reparou: no chão debaixo da estante, havia um caderno velho e gasto. Pegou-lhe, abriu a primeira página e reparou que afinal era um diário duma aluna do ano letivo de 2014/2015. A aluna chamava-se Bárbara Martins Saiote Ferreira. Enroscou-se e começou a ler. Quando acabou já tinham passado quatro horas e foi almoçar ao bar.
Pouco tempo depois as três melhores amigas de Anabela, Maria, Diana e Sara foram ter com ela e perguntaram-lhe:
- Bela, fizeste o trabalho p’rá stora de Português?- 
-Qual trabalho? – perguntou Anabela aflita.
- O de leres um texto de um diário, fazeres um resumo da história e dares a tua opinião. –  Respondeu Maria.
- É claro que não fez, ela nunca foi à Biblioteca e detesta ler! – disse Diana.
- Por acaso até fiz- argumentou Anabela.
Espantadas perguntaram-lhe que livro escolhera, mas Anabela não disse nada e foi com elas para a aula.
Quando acabaram de escrever o sumário, a professora chamou a Anabela, que era a primeira da lista, ao quadro para apresentar o seu trabalho.
- Hoje de manhã encontrei este caderno debaixo de uma das estantes da Biblioteca escolar, e descobri que este caderno é o diário de uma antiga aluna, do ano letivo de 2014-2015, chamada Bárbara Martins Saiote Ferreira e ela neste diário escreve que ... mas depois conseguiu que ... gostei muito porque assim percebi o modo de pensar de uma aluna de outros tempos, cá da escola. Descobri também que agora esta escola se chama TecnoAndroid mas antigamente se chamava D. Carlos I.
Anabela regressou ao seu lugar e pensou que no dia seguinte iria novamente à biblioteca escolar. Que outros tesouros do passado esperariam por ela nesta Super Biblioteca?

Sílvia Grilo do 7.º Ano

Uma biblioteca sem livros


Era uma vez, uma biblioteca onde não havia livros, estes tinham sido substituídos por tablets, neles estavam guardadas todas as obras literárias que existiam.
Há muitos anos que não havia livros nesta biblioteca. Aliás, os livros eram considerados peças de museu. O desaparecimento dos livros fez com que surgissem mesmo alergias ao papel pois as pessoas deixaram de o usar e em vez disso passaram a escrever e a desenhar nos tablets.
Isto foi um grande problema para as fábricas de papel, de material escolar, de livros…., a maioria das pessoas deixou de pintar, pois a telas eram muito caras. Deixou de haver aulas de Educação visual. As aulas de Português continuaram, mas já não eram a mesma coisa. Sem a caneta e o papel a caligrafia desapareceu, pois todos os tablets tinham escrita inteligente. Todos os que trabalhavam na fábrica de papel foram para a rua, o que fez com que a taxa de desemprego aumentasse brutalmente.
Os únicos a beneficiar disto foram as árvores, mas talvez a Humanidade merecesse este castigo por tudo o que lhes fizeram de mal e depois de tudo o que algumas sofreram com os seus comportamentos.

E cá estamos nós outra vez na biblioteca dos tablets, sem livros. Qual será o cheiro do papel? Como será tocar no papel? Não sei se algum dia saberei!

José Lourenço, n.º 12 do 9.º D

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